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Águia-de-asa-redonda

uma espécie de Buteo
Nome científico : Buteo buteo Gênero : Buteo

Águia-de-asa-redonda, uma espécie de Buteo
Nome botânico: Buteo buteo
Gênero: Buteo
Águia-de-asa-redonda (Buteo buteo) Photo By PeterRohrbeck , used under CC-BY-SA-4.0 /Cropped and compressed from original

Descrição

A águia-de-asa-redonda é a ave de rapina mais comum do Reino Unido. Sua alimentação é preferencialmente minhocas e carniça, mas também come répteis, coelhos e roedores. Curiosamente, para poder atrair as minhocas para fora terra, costuma bater forte os pés na superfície do solo. É capaz de ouvir um rato andando pela grama quando está voando e atingir uma velocidade de até 45 km por hora.
Tamanho
51 - 57 cm
Hábitos alimentares
A espécie é uma ave de rapina que se alimenta principalmente de pequenos mamíferos, mas complementa a alimentação com outros pequenos vertebrados (répteis e aves), insectos e minhocas. Ocasionalmente apresenta comportamento necrófago. A técnica de caça consiste normalmente em sobrevoar lentamente ou vigiar a paisagem a partir de um ponto alto e divisar as presas, sobre as quais se lança em silêncio, pelo que é frequente avistar estas aves pousadas sobre postes eléctricos ou telefónicos e sobre ramos elevados. O principal alimento são os pequenos mamíferos, na Europa Central e Ocidental principalmente ratos-do-campo (Microtus arvalis) e toupeiras (Talpa europaea). Em Espanha foi observado a capturar presas maiores, como o coelho (Oryctolagus cuniculus) com maior frequência na época de cria. Para além disso, caçam pássaros, sobretudo aves jovens, pequenos répteis, como lagartixas (Lacertidae), licranços (Anguis fragilis) e cobras-de-água (Natrix natrix), bem como anfíbios, sobretudo rãs e sapos. Uma parte do sustento pode provir de insectos e suas larvas e de Annelida como as minhocas. Estão descritos casos de espécimes observados a alimentar-se de peixes, ainda que encontrados mortos ou moribundos em terra (ou seja como carniça). O mesmo comportamento necrófago tem sido observado com a ingestão de aves relativamente grandes para serem directamente capturadas por B. buteo, como membros da família Columbidae (pombos), que apenas formam parte da alimentação destes animais se forem feridas ou caçadas por outras predadores ou mortas por acidente ou causas naturais. É frequente aproveitarem os restos de animais atropelados nas estradas, o que ocasiona por sua vez que muitos espécimes sejam atropelados. Também estão descritos casos de cleptoparasitismo sobre falcões. Os dados mais fiáveis sobre o espectro alimentar da espécie apenas puderam ser obtidos a partir de restos de presas encontradas nos ninhos ou mediante a análise do conteúdo do estômago de espécimes capturados. As egagrópilas fornecem informação incompleta por conterem quase exclusivamente pelo. Com base nas informações obtidas, a composição integral da alimentação da espécie pode variar fortemente consoante a disponibilidade de presas na região e segundo a alternância do território: entre os anos 1945 e 1960 foram recolhidos na região bávara da Baixa Francónia 384 restos de presas junto a ninhos, dos quais cerca de70 % eram mamíferos, sobretudo murganhos, cerca de 12 % eram aves, cerca de 15 % répteis e apenas cerca de 3 % eram anfíbios. Nos arredores de Berlim foram recolhidas 257 amostras de presas entre 1981 e 1984, e neste estudo apenas 37 % eram restos de mamíferos, enquanto que os restos de pássaros constituíam cerca de 59 % do total, com o remanescente a corresponder a répteis e anfíbios e cerca de 2 % a peixes. Nos casos em que reparte o território com outras aves de rapina, pode ocorrer competição pela caça das mesmas presas. Essa competição ocorre com espécies como o açor-comum (Accipiter gentilis), o que pode afectar o êxito reprodutivo de ambas as espécies. No sudoeste da Península Ibérica, a distribuição de B. buteo poderá estar limitada pela presença da águia-calçada (Hieraaetus pennatus).
Habitat
Habita zonas florestadas, embora cace habitualmente em campo aberto, preferindo áreas arborizadas com clareiras e zonas pantanosas ou de charneca. O habitat natural típico de B. buteo sãs as áreas em que ocorre uma combinação de espaços abertos com massas florestais. Nos bosques e zonas arborizadas constrói os ninhos, mas caça nos prados e outros paisagens abertas similares. Por isso os habitats preferidos da espécie são os lugares em que junto a bosques coexistam prados, charnecas, ou mesmo pântanos abertos, onde se possa alimentar. Também são territórios propícios para a caça os terrenos desflorestados por acção humana ou com vegetação natural baixa ou culturas arvenses, como campos de cereais, sobretudo no inverno. Não é raro observar exemplares de B. buteo junto a autoestradas e outras vias que criam largos espaços abertos marginados por arvoredos, já que usam as bermas e os caminhos marginais para caçar. Para a instalação do ninho, preferem escolher as margens dos bosques, especialmente os que não sejam muito extensos e aqueles que tenham arvoredos maduros. Não costumam entranhar-se excessivamente nos bosques para construir os ninhos, preferindo as zonas próximas aos espaços abertos que usam como zonas de caça, mas também não escolhem renques de árvores ou matas galeria demasiado estritos ou árvores solitárias, aparentemente por se sentirem desprotegidos. Apesar das preferências atrás apontadas, não aves muito exigentes na escolha do território, o que favorece a sua ampla dispersão. Por exemplo, nas ilhas Canárias podem nidificar em encostas e barrancos a grande altitude, e em Schleswig-Holstein e Brandeburgo tem vindo a ser encontrados cada vez mais grupos em zonas pobremente arborizadas, com ninhos em filas de álamos (Populus sp.) e incluso em árvores solitárias a menos de 100 metros de granjas, algo que não tinha sido descrito anteriormente. Apesar de se conhecer que os adultos habitam desde o nível do mar até aos 1600 m ou 2000 m de altitude, os nascimentos de crias em regiões acima dos 1000 m de altitude são pouco frequentes, embora existam registos da sua ocorrência. Foram observadas ninhadas com sucesso nas proximidades de povoamentos humanos. Um estudo realizados nos Apeninos na região de Abruzzo estabeleceu a existência de 32 territórios numa superfície de 387 km², ou seja com densidades de 8,3 pares reprodutores por cada 100 km². A escolha da árvores onde construir o ninho depende da flora silvícola da região onde se localize, ainda que habitualmente sejam árvores maduras de pelo menos 20 cm de diâmetro na base. Na Europa são habituais as nidificações em espécimes de Pinus sylvestris (pinheiro-bravo), Quercus spp. (carvalhos), Fagus sylvatica (faia), Alnus sp. (amieiros), Betula spp. (bétulas), Salix spp. (salgueiros), Picea abies (pícea-europeia) e Abies alba (abeto), entre outros, nos quais instala o ninho a cerca de 18 m de altura, frequentemente no final do tronco principal, onde este se ramifica mais intensamente, ou junto ao tronco em algum ramo lateral. Foram documentados pelo menos dois casos de ninhadas instaladas no solo e um caso de instalação sobre uma torre de suporte de uma linha de electricidade em alta tensão.
Tipo de Dieta
Carnívoro

Visão geral da migração

O urubu comum é apropriadamente descrito como um migrante parcial. Movimentos de curta distância são a norma para jovens e alguns adultos no outono e inverno, mas mais adultos na Europa Central e nas Ilhas Britânicas permanecem em suas residências o ano todo do que não. O sudoeste da Polônia foi registrado como um campo de inverno bastante importante para os urubus da Europa Central no início da primavera, que aparentemente viajaram um pouco mais para o norte, no inverno a densidade média era de 2,12 indivíduos por quilômetro quadrado.

Informações gerais

Comportamento

O urubu comum é um Buteo típico em grande parte de seu comportamento. É mais frequentemente visto voando em alturas variadas ou empoleirado proeminentemente no topo da árvore, galho nu, poste telegráfico, poste de cerca, rocha ou saliência, ou alternadamente bem dentro da copa das árvores. Os urubus também ficarão de pé e forragem no solo. Em populações residentes, pode passar mais da metade do dia empoleirado inativamente.

Área de Distribuição

A população europeia da espécie, que representa aproximadamente 75 % da população total, é estimada em 1 028 000 pares reprodutores (mínimo 783 000, máximo 1 273 000). Para obter tal cifra, foram levadas a cabo estimativas de população em todos os países do Paleártico ocidental, na sua maioria a partir de princípios do século XXI. Os países com maior população são a Polónia, Rússia, Alemanha e França. Em Espanha calcula-se que exista uma população de entre 13 000 e 18 000 pares reprodutores (em 2003). A população nas Canárias estima-se entre 430 e 445 casais (em 1988). As regiões espanholas com maior população são a Galiza e Castilla y León. Em contrapartida a espécie está ausente ou é infrequente em zonas muito áridas, como as regiões de em torno do Cabo de Gata, e em algumas ilhas, como Lanzarote ou as ilhas Baleares. A população espanhola, composta maioritariamente pela subespécie nominal, Buteo buteo buteo, com Buteo buteo vulpinus esporádicos, é comparativamente baixa face à de Alemanha, por exemplo, onde habitam cerca de 100 000 casais.
Águia-de-asa-redonda (Buteo buteo) Águia-de-asa-redonda (Buteo buteo) Photo By PeterRohrbeck , used under CC-BY-SA-4.0 /Cropped and compressed from original

Scientific Classification

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