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Cagarra-do-atlântico
uma espécie de Calonectris Nome científico : Calonectris borealis Gênero : Calonectris
Cagarra-do-atlântico, uma espécie de Calonectris
Nome botânico: Calonectris borealis
Gênero: Calonectris
Conteúdo
Descrição Informações gerais
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Descrição
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Conforme descrição do "Centro de Jovens Naturalista de Santa Maria", a ave apresenta corpo forte e em posição atarracada; bico adunco, de cor amarelo-forte, composto de várias peças; patas, de cor rosa-claro, recuadas, com membrana interdigital; polegar reduzido a uma unha, saliente e pontiaguda; cauda curta; penas do dorso de cor cinzento-acastanhada; penas do ventre de cor branca Trata-se de uma ave adaptada à vida em alto mar, vindo a terra, à sua colónia, na época da reprodução, durante a noite. A envergadura das suas asas varia entre 100 e 125 centímetros. O seu voo é caracterizado pelos poucos movimentos de asas e pela agilidade com que rasa as ondas. Em contrapartida, quando aterram e têm de se deslocar em terra são muito desajeitados. As fêmeas pesam em média 780 gramas e os machos, maiores do que as fêmeas, aproximam-se das 900 gramas. Podem viver até 40 anos. Os seus cantos são peculiares e inconfundíveis. O seu ciclo reprodutor tem uma duração de quase 9 meses, estendendo-se desde finais de fevereiro até finais de outubro, e apresenta grande sincronia entre as diferentes fases. Para fazer o ninho escolhe preferencialmente cavidades naturais e fendas na rocha, podendo também reutilizar luras de coelhos no solo ou escavar o seu próprio buraco, que pode atingir alguns metros de profundidade. Nidificam sempre no mesmo ninho, preferencialmente naquele em que nasceram e formam casais para toda a vida. A postura dos ovos (um por casal, de cor branca) ocorre de fins de maio a início de junho. O ovo é incubado durante 50 a 55 dias, alternadamente pelo macho e pela fêmea, em turnos com duração de 2 a 8 dias. A eclosão regista-se nos finais de julho e a emancipação dos juvenis entre finais de outubro e início de novembro. Neste momento, a cria é abandonada pelos pais, para se tornar independente. A mortalidade destes juvenis é alta, estimando-se que apenas um ovo em dez produzirá um adulto capaz de se reproduzir. Os cagarros reúnem-se em grande bandos e efectuam migrações trans-equatoriais, nomeadamente, para a costa do Brasil e do Uruguai, e para o sul da África. No mar, onde passam a maior parte do tempo em busca de alimento, é frequente observar bandos de cagarros ("jangadas") a alimentar-se em associação com outros predadores marinhos, tais como cetáceos e tunídeos, que dirigem as potenciais presas para a superfície. Na sua dieta incluem-se pequenos peixes pelágicos (como por exemplo, o chicharro ou cavala, pequenas lulas e crustáceos.
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Localização do Ninho
Penhasco
Tipo de Dieta
Piscívoro
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Informações gerais
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Status das Espécies
O grande declínio que as suas populações mundiais registaram nas últimas décadas levam a considerar a espécie como vulnerável. Em Portugal encontra-se listada no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal com o estatuto de "Vulnerável", e está inscrita no Anexo I da Directiva 79/408/CEE "Aves Selvagens". A subespécie "Calonectris diomedea borealis" encontra-se protegida legalmente pelos seguintes diplomas: Anexo II do Decreto Legislativo nº 316/89 de 22 de Setembro (Convenção sobre a Vida Selvagem e os Habitats Naturais na Europa – Convenção de Berna) Anexo A-I do Decreto Lei nº 49/2005 de 24 de Fevereiro (Directiva Habitats) Na Região Autónoma dos Açores a espécie encontra-se classificada como protegida.
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Scientific Classification
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Filo
Chordata Classe
Aves Ordem
Procellariiformes Família
Procellariidae Gênero
Calonectris Species
Cagarra-do-atlântico