Morcego-vampiro
uma espécie de Desmodus Nome científico : Desmodus rotundus Gênero : Desmodus
Morcego-vampiro, uma espécie de Desmodus
Nome botânico: Desmodus rotundus
Gênero: Desmodus
Conteúdo
Descrição Informações gerais
Descrição
O Desmodus rotundus, conhecido por morcego-vampiro, é um morcego da família Phyllostomidae, encontrado em toda a América do Sul, América Central e México. A espécie habita geralmente tocas ou cavernas muito úmidas, possuindo pelagem fina e sedosa, com as partes superiores marrom-escuras e as inferiores mais claras. Entre as aproximadamente 1100 espécies de morcegos, o Desmodus rotundus é uma das três espécies hematófagas que, além de atacar aves, ataca também mamíferos, na maioria das vezes de médio ou grande porte. Estes morcegos conseguem caminhar no solo, apoiando-se nos seus dedos e costumam morder suas presas nas orelhas, dedos e outras extremidades, pois são locais de difícil percepção. Ao contrário do que as pessoas pensam, os morcegos vampiros não chupam, e sim lambem o sangue que sai da mordida deferida por eles. Sua saliva contém uma substância anticoagulante que está sendo pesquisada para uso em doenças circulatórias.
Tamanho
9 cm
Localização do Ninho
Cavidade
Hábitos alimentares
Em um primeiro momento, a parte do corpo a ser mordida é lambida com a língua. A saliva dos animais contém um anestésico, que torna o local da mordida insensível à dor. A seguir, eventuais cabelos ou pelos são raspados com os dentes. Abrem um pedaço da pele com a afiada superfície de corte dos dentes caninos e dos incisivos, o que resulta em uma ferida em torno de três a dez milímetros de largura e de um a cinco milímetros de profundidade. Com a língua eles lambem o sangue que flui para fora e o bombeio é feito através dos sulcos localizados na parte inferior. Um anticoagulante encarrega-se de que o sangue retirado pelo processo de beber não coagule, tornando-se assim inútil para o animal. A enzima responsável por esse processo é denominada Desmoteplase, draculina ou Desmodus rotundus Salivary Plasminogen Activator (DSPA). Essa enzima é uma glicoproteína e provoca a dissolução da fibrina (a proteína fibrosa responsável pela coagulação do sangue). Depois de uma mordida o sangue pode fluir para fora da ferida por até oito horas. Todo o processo pode durar até duas horas. Mas o tempo real da alimentação é de até trinta minutos. Durante esse período os animais podem tomar em torno de vinte a trinta milímetros de sangue, uma quantidade que quase duplica seu peso e com frequência dificulta a retomada do voo. Depois de uma refeição eles vão dormir em seus esconderijos para fazer a digestão.
Habitat
O Desmodus rotundus se concentra no continente americano e sua área de disseminação se estende do norte do México até o sul da América do Sul (região central do Chile, Argentina e Uruguai). Ele também se encontra em algumas ilhas fora da costa sul-americana como na Ilha de Margarita e em Trinidade e Tobago, mas não se encontra presente no Caribe. Habita tanto em áreas úmidas quanto secas nos trópicos e subtrópicos, essas sendo florestas, pradarias e regiões montanhosas de até 2400 metros de altitude.
Tipo de Dieta
Carnívoro
Informações gerais
Comportamento
Os morcegos-vampiros possuem um comportamento social altamente desenvolvido, como, por exemplo, o cuidado recíproco dos pelos. Esse comportamento não é tão comum entre morcegos no geral. Os morcegos-vampiros, além disso, compartilham entre si o sangue de que se alimentam, bebendo o sangue e alimentando outros morcegos, mesmo não sendo de seu núcleo familiar. Um morcego-vampiro morre quando não se alimenta em 2 ou 3 noites consecutivas. De sete a trinta por cento dos animais de um grupo fracassam em uma noite na busca por comida, seja por estarem doentes, machucados, parindo ou simplesmente por falta de sucesso. Devido à necessidade urgente de sangue e às dificuldades de se encontrar uma presa, é comum e de importante papel para a sobrevivência dos morcegos-vampiros o ato de lamber e em seguida compartilhar o sangue entre os outros companheiros. Sem compartilhar o alimento, a taxa de mortalidade anual dos morcegos-vampiros estaria em 82%, quando na realidade atinge 24%. Quando um animal realiza um ato “altruísta”, a partir da visão humana, normalmente é para o benefício de seus parentes, especialmente os descendentes, ou para seu próprio benefício, pois assim ele também garante que seja ajudado da mesma forma. Isso é denominado pela sociobiologia “Altruísmo Recíproco”. O compartilhamento de sangue entre os morcegos vampiros é um exemplo disso. De acordo com estimativas, um animal faminto ganha 18 horas antes de morrer de fome, enquanto o doador perde apenas 6 horas. Em suma, ambos os animais acabam se beneficiando desse comportamento. Independentemente do cuidado com a própria prole, o que é perfeitamente comum no mundo animal, a disposição para compartilhar o alimento depende da avaliação da probabilidade de ter o gesto correspondido ou de um momento anterior de solidariedade entre dois desses animais. O pressuposto para isso é, portanto, que os animais se reconheçam individualmente. O cuidado recíproco com o pelo poderia ter um papel importante na identificação de seus companheiros de espécie, pois, se um animal faminto cuida do pelo do outro, então o solicitado pode reconhecer e assim identificar se seu companheiro já compartilhou sangue uma vez. O que também parece ser decisivo para o altruísmo recíproco é que fêmeas dessa espécie formam grupos muito estáveis, em que os indivíduos convivem por muito tempo, por vezes durante toda a vida. Um importante papel na vida social do morcego-vampiro são os sinais sonoros. Pesquisas apontam que 16 sons puderam ser claramente diferenciados. A maioria deles possui uma forte frequência no campo auditivo dos seres humanos (abaixo de aprox. 16 quilômetros). Diferentes tipos de sons podem ser atribuídos a determinadas situações ou funções no âmbito do comportamento social dos morcegos, podendo ser identificados dessa forma sons de caráter agressivo, sons de ameaça, de luta e de defesa, além de sons de libertação, protesto, contato e de apaziguamento. Certos sons mostram semelhanças estruturais com o som normalmente reproduzido por filhotes quando abandonam a família, e provavelmente foram desenvolvidos a partir desse.
Scientific Classification
Filo
Chordata Classe
Mammalia Ordem
Chiroptera Família
Phyllostomidae Gênero
Desmodus Species
Morcego-vampiro