Pinguim-macaroni
uma espécie de Eudyptes Nome científico : Eudyptes chrysolophus Gênero : Eudyptes
Pinguim-macaroni, uma espécie de Eudyptes
Nome botânico: Eudyptes chrysolophus
Gênero: Eudyptes
Conteúdo
Descrição Informações gerais
, used under CC-BY-SA-2.5 /Cropped and compressed from original
Descrição
Não existe dimorfismo sexual, como é hábito nos pinguins, apesar de os machos serem ligeiramente maiores. Os adultos medem 70 cm de altura. O peso varia com o sexo e conforme a época do ano. Os machos pesam 3,3 kg depois da incubação e 6,4 kg depois da muda de penas, enquanto que as fêmeas pesam 3,2 e 5,7 respectivamente. A cabeça, o pescoço e o dorso são pretos enquanto que a barriga é branca. A pelagem preta é azulada quando nova e acastanhada quando velha. As asas são pretas-azuladas na superfície superior, com uma risca branca na parte posterior, e brancas na superfície inferior, à excepção da ponta e da axila. A crista, característica mais distintiva da espécie, cresce a partir da testa e prolonga-se horizontalmente até à nuca. O bico é grande e laranja-acastanhado e é usado para distinguir os sexos, pois os machos possuem um bico mais longo, com 6,1 cm em comparação com os 5,4 cm das fêmeas. A íris é vermelha. Tem uma prega de pele sem penas que se estende desde a base do bico até perto da parte inferior dos olhos. As pernas e patas são cor-de-rosa. A muda, o processo em que se substituem as penas antigas por novas, ocorre uma vez por ano e demora de três a quatro semanas. Os pinguins-macaroni gastam duas semanas a acumular gordura antes da muda pois como perdem as penas não podem entrar na água para se alimentarem. Assim que esta acaba eles voltam para o mar e regressam às colónias para acasalar na Primavera.
Tamanho
75 cm
Hábitos alimentares
A dieta do pinguim-macaroni consiste numa variedade de crustáceos, lulas e peixes, variando a percentagem de cada um conforme a localização e a época do ano. O Krill, principalmente o Krill antártico (Euphausia superba), perfaz mais de 90% da dieta durante a época de acasalamento. Cefalópodes e pequenos peixes, entre estes os peixes-lanterna, tornam-se mais importantes aquando do crescimento das crias. Como muitas outras espécies de pinguins, o pinguim-macaroni deliberadamente engole pequenas pedras (10 a 30 mm de diametro), ao que parece para que estas façam de lastro para os mergulhos a grande profundidade, ou para ajudar a desfazer os exosqueletos dos crustáceos. Na época do crescimento das crias, a busca de alimento faz-se numa base diária, do amanhecer ao anoitecer, por vezes mesmo à noite, quando as crias ficam maiores. Um estudo demonstrou que após a cria estar criada a busca de alimento estende-se quer em tempo quer em território. O pinguim-macaroni é conhecido por ser o maior consumidor de recursos marinhos de entre todas as aves marinhas, com um consumo de 9,2 milhões de toneladas de krill por ano. Normalmente procuram comida a uma distância de até 50 km da colónia da Geórgia do Sul e de entre 60 e 300 km das Ilhas do Príncipe Eduardo. As profundidades vão de 15 a 70 m, mas já foram registados mergulhos até aos 100 m. Há noite os mergulhos são mais superficiais, entre os 3 e os 6 metros, devido à reduzida visibilidade. Os mergulhos raramente excedem os dois minutos de duração. Todos os mergulhos são efetuados em forma de V e cerca de metade do tempo de mergulho é gasto para mergulhar. Foi calculado que as aves apanhem de 4 a 16 krills e de 40 a 50 anfípodes por mergulho.
Habitat
Uma revisão de 1993 estimou que o macarrão era a espécie mais abundante de pinguim, com um mínimo de 11.841.600 pares em todo o mundo. Os pinguins de macarrão variam da península subantártica à antártica; pelo menos 216 colônias de reprodução em 50 locais foram registradas. Na América do Sul, os pinguins-macarrão são encontrados no sul do Chile, Ilhas Falkland, Geórgia do Sul e Sandwich do Sul e Ilhas Órcades do Sul. Eles também ocupam grande parte da Antártica e da Península Antártica, incluindo as ilhas Shetland do sul do norte, a ilha Bouvet, as ilhas Prince Edward e Marion, as ilhas Crozet, as ilhas Kerguelen e as ilhas Heard e McDonald. Enquanto buscam comida, os grupos vão para o norte, para as ilhas da Austrália, Nova Zelândia, sul do Brasil, Tristan da Cunha e África do Sul.
Tipo de Dieta
Piscívoro
Informações gerais
Comportamento
Como as outras espécies de pinguins, o pinguim-macaroni é um animal social. As suas colónias estão entre as maiores e mais densamente povoadas de todas as espécies de pinguins, chegando aos 2,5 milhões de indivíduos. Fora da época de acasalamento, entre Abril/Maio e Outubro, os pinguins são pelágicos, e segundo um teste realizado por uma equipa francesa dispersam-se por uma zona com 3×10 km². Apetrechados com dispositivos de localização por satélite, os 12 pinguins estudados viajaram mais de 10 000 km e mantiveram-se na zona entre 47–49° S e 70–110° E no Oceano Índico. Nas colónias existe um elevado nível de interação social o que fez com que as aves ganhassem um grande repertório de exibissões vocais e visuais. Estes comportamentos são muito exibidos imediatamente antes do periodo de reprodução e existe uma acalmia quando os machos regressam ao mar. Os pinguins-macaroni com ninhos adjacentes podem entrar em confrontos pelo espaço, que são normalmente resolvidos com uma luta de bicos, mas onde por vezes se incluem empurrões e chapadas com as asas. O pinguim a perder a luta exibe submissividade ao andar com a cabeça baixa.
Área de Distribuição
Um estudo de 1993 estimou que o pinguim-macaroni era a espécie mais abundante de pinguim, com um mínimo de 11,841,600 pares distribuídos por todo o território, que abrangia uma área com pelo menos 216 colónias desde a região subantártica até à península Antártica. Na América do Sul, estes pinguins podem ser encontrados no Chile, nas Ilhas Malvinas, Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul, e Ilhas Órcades do Sul. Na Antártida e na sua península, podem ser encontrados nas Ilhas Shetland do Sul, na Ilha Bouvet, nas Ilhas do Príncipe Eduardos, nas Ilhas Crozet, nas Ilhas Kerguelen e nas Ilha Heard e Ilhas McDonald. Quando andam à caça podem ir para o Norte até à Austrália, Nova Zelândia, Brasil, Ilha de Tristão da Cunha, e África do Sul. As suas colónias podem ser formadas em encostas com declives acentuados ou mesmo em penhascos rochosos.
Status das Espécies
A população de pinguins-macarrão é estimada em cerca de 18 milhões de indivíduos maduros; um declínio substancial foi registrado em vários locais. Isso inclui uma redução de 50% na população da Geórgia do Sul entre meados da década de 1970 e meados da década de 90 e o desaparecimento das espécies da Ilha Recalada, no sul do Chile. Esse declínio da população geral nos últimos 30 anos resultou na classificação das espécies como Vulnerável globalmente pela Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. Programas de monitoramento de longo prazo estão em andamento em várias colônias de reprodução, e muitas das ilhas que apóiam as populações reprodutoras desse pinguim são reservas protegidas. As Ilhas Heard e McDonald são Patrimônios da Humanidade para o pinguim-macarrão. O pinguim-macarrão pode ser afetado pela pesca comercial e pela poluição marinha. Um estudo de 2008 sugere que a capacidade das fêmeas de se reproduzirem pode ser afetada negativamente pelas reduções causadas pelo clima e pela pesca na densidade de krill.
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Scientific Classification
Filo
Chordata Classe
Aves Ordem
Sphenisciformes Família
Spheniscidae Gênero
Eudyptes Species
Pinguim-macaroni